Cancro da Próstata e PSA

Dr. Paulo Espiridião

O cancro da próstata é o tumor mais frequente nos homens do mundo ocidental representando a segunda causa de morte por doença oncológica.

Em Portugal, estima-se em 4000 o número de novos casos anuais, com uma mortalidade aproximada de 1000 doentes por ano.

Dada a sua frequência, é recomendada a realização de uma avaliação anual com toque rectal e PSA (antigénio específico da próstata) a partir dos 50 anos. Em caso de história familiar (sobretudo parentes em 1° grau), ou raça negra, o seguimento deverá iniciar-se aos 45 anos.

O doseamento do PSA é o exame fulcral para o diagnóstico e estadiamento desta doença.

Tradicionalmente o valor considerado “normal” é de 4,0ng/mL embora, em doentes novos,
muitos autores considerem como “normal” o valor limite de 2,5 ng/mL. Abaixo destes valores a probabilidade diagnóstica é baixa (<15%). Já para valores acima de 10ng/dL o risco de cancro é superior a 50% . Para valores entre 4 e 10 ng/mL , por forma a evitar as taxas de falsos negativos e falsos positivos, atualmente, aconselha-se a determinação da fração livre do PSA. A razão entre o PSA livre e o total ajuda a decidir quanto à realização de biópsia. Quanto mais baixa essa relação, maior o risco de cancro. Habitualmente utiliza-se o valor de cut-off de 20%.