• A Sua Saúde é a Nossa Prioridade

Quem Somos

Fundado em 1985, ano a partir do qual iniciou a sua actividade, o Centro Médico da Praça é hoje uma empresa de relevo em cuidados de saúde.

Actualmente colocamos à sua disposição 17 consultórios médicos que abarcam um grande número de Especialidades Médicas e muitos outros espaços específicos para Meios Complementares de Diagnóstico, Serviços/Cuidados de Enfermagem e Fisioterapia. Tudo isto, numa estrutura certificada por elevados padrões de qualidade desde 2004, pela normal ISO 9001:2000.

Possuindo uma área de cerca de 1.000m2 na Rua Vale do Vouga, junto à Central dos autocarros e estação de comboios de São João da Madeira, esforçamo-nos por oferecer uma resposta completa a todas as suas necessidades nesta área.

  • Missão

    Oferecer uma resposta completa, eficaz e adequada às suas necessidades, fazendo sempre d’A Sua Saúde a Nossa Prioridade.

  • Visão

    Ser um exemplo de trabalho, dedicação e orientação para o cliente, proporcionando-lhe sempre o melhor em cuidados de saúde.

  • Valores

    O CMP assume uma política de valores que pretende respeitar tanto para os nossos clientes como colaboradores, esses valores são os seguintes: Qualidade e Inovação.

Laboratório de Análises Clínicas

Possuímos instalações e equipamentos de Laboratório próprios, onde efectuamos as suas Análises Clínicas rapidamente e em Segurança, mantendo a integridade dos elementos após a sua colheita.

Com áreas específicas para todas as especialidades analíticas, o Laboratório de Análises Clínicas (LAC) encontra-se dividido em 4 sectores distintos: Hematologia, Bioquímica, Serologia, Bacteriologia e Imunologia.

Hematologia

Ramo da Biologia que estuda o Sangue e seus elementos (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas); a produção destes elementos e os órgãos onde são produzidos (medula óssea, baço e linfonodos)

Bioquímica

Ramo da ciência que faz a ponte entre a Química e a Biologia, através do estudo das estruturas e interacções das células e organismos vivos. Algumas das pesquisas deste sector são exames ao sangue, células e DNA.

Serologia

Consiste no estudo científico do soro sanguíneo, especialmente das reacções “antígenoanticorpo” in vitro.

Bacteriologia e Imunologia

Ciência que estuda a morfologia, ecologia, genética e bioquímica das bactérias bem como muitos outros aspectos relacionados com elas.

A nossa Rede

Qualidade Certificada

Actualmente o Laboratório de Análises Clínicas constitui uma unidade orgânica certificada no âmbito da qualidade pela norma ISO 9001:200 estando também em processo de acreditação pela norma NP EN ISO / IEC 17025:2005 para parâmetros nas áreas de análise de águas e análises clínicas.

Laboratório Análises de Águas

Tendo como lema da política de qualidade do CMP “Atingir maior rapidez, flexibilidade e segurança na resposta e satisfação das necessidades dos utentes, cumprindo as boas práticas profissionais e a qualidade dos trabalhos executados”, o Laboratório de Análises de Águas do CMP encontra-se certificado segundo a ISO 9001:2008 e acreditado pelo IPAC segundo a ISO 17025:2005.

Serviços Prestados

A água de consumo humano segura é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a água que durante o seu consumo não representa nenhum risco significante para a saúde. As doenças relacionadas com a contaminação da água de consumo humano constituem uma elevada responsabilidade e importância para a Saúde Pública. A periodicidade e os parâmetros de controlo estão definidos no Decreto de Lei 306/07 e no Decreto de Lei 236/98;

A garantia da qualidade do funcionamento de uma piscina é a medição da qualidade da sua água.
Esta água encontra-se por vezes contaminada, apesar dos esforços das entidades gestoras. Só monitorizando os parâmetros indicadores de contaminação poderá haver um controlo permanente das abordagens de tratamento mais adequadas.

A periodicidade e os parâmetros de controlo encontram-se definidos no Programa de Vigilância Sanitária de Piscinas ARS Norte – Ano 2014;

Um dos grandes problemas associados à má qualidade da água é a falta de saneamento básico. Actualmente os maiores riscos microbiológicos associados com a ingestão de água devem-se a contaminantes com origem em fezes humanas ou animais.
A água é um excelente solvente e pode conter diversas substâncias químicas dissolvidas, provenientes do contexto envolvente aos cursos de água superficiais ou subterrâneos.

A periodicidade e os parâmetros de controlo estão definidos no Decreto de Lei 236/98, aconselhando-se para águas naturais e captações particulares destinadas ao consumo humano um lote de parâmetros representativo e uma periodicidade no máximo semestral;

A descarga das águas residuais ou efluentes industriais nos colectores municipais encontra-se regulada.
Não cumprir com as directrizes implica contaminar cursos de água destinados ao tratamento para consumo humano e por inerência ficar sujeito a avultadas coimas.

O plano de controlo deve ser definido em função da área de actividade industrial pelo Departamento de Ambiente da Câmara Municipal;

O controlo de qualidade direccionado para a segurança do processo e para a qualidade do produto final é uma prioridade no contexto actual.

A periodicidade e plano adequados devem seguir os referenciais normativos adequados à área de actividade e especificidades do processo de produção;

Pesquisa de microrganismos indicadores da higiene de processos em superfícies e manipuladores.
Estas análises são essenciais para a implementação do sistema HACCP, pois vão validar as metodologias implementadas.
Estas análises são efectuadas de acordo com o tipo de estabelecimento e das necessidades do cliente.

“A água é essencial á vida. A quantidade de água doce, no planeta terra, é limitada e a qualidade é constantemente ameaçada. A qualidade da água pode ficar comprometida pela presença de agentes infecciosos (bactérias e vírus), químicos tóxicos e radiações.” ( Organização Mundial de Saúde )

Qualidade Certificada

A Nossa Prioridade

Estabelecer um plano de controlo periódico impõe-se.
Cuide da sua saúde e da saúde dos que o rodeiam.
É uma questão de segurança e de consciência social.

A nossa Rede

Especialidades Médicas

& CORPO CLÍNICO

O Centro Médico da Praça, coloca à sua disposição um variado leque de Especialidades Médicas, que lhe permitem uma actuação completa em praticamente todas as áreas médicas. Confie nos nossos serviços e médicos especializados para cuidarem de sí.

Para qualquer informação ou marcação, não hesite em contactar o 256 830 700.

Alergologia
Cardiologia
Clínica Geral
Cirurgia Dermatológica
Cirurgia Estética
Cirurgia Geral
Cirurgia Plástica
Cirurgia Vascular
Dermatologia
Estética e Bem-Estar
Endocrinologia

Fisiatria / Fisioterapia
Gastroenterelogia
Ginecologia
Hematologia
Imagiologia
Medicina Oncológica
Neurocirurgia
Nutricionista / Dietista
Obstetrícia
Oftalmologia
Ortopedia

Otorrinolaringologia
Pediatria
Pneumologia
Podologia
Psicologia
Psicossociologia
Psiquiatria
Radiologia
Reumatologia
Terapia da Fala
Urologia e Andrologia

Exames Médicos & Meios de Diagnóstico

Dotados dos mais recentes meios tecnológicos e com profissionais especializados, o CMP oferece-lhe a possibilidade de realizar os seus Exames num ambiente cuidado e em total segurança.

Através dos nossos serviços de Radiologia & Imagiologia poderá realizar um vasto número de Ecografias, tendo acesso aos resultados num curto espaço de tempo e com total comodidade.

Radiologia

Densitometria Óssea
Ecografias

 

Neurofisiologia

Eletroencefalografia (E.E.G.)
Electromiografia (E.M.G.)

Eco Doppler

Abdominal
Abdominal Renal
Arterial Venoso
Peniano
Testicular

Pneumologia

Prova funcional respiratória

Otorrinolaringologia

Audiograma

Cardiologia

Ecocardiograma
Eletrocardiograma (E.C.G.)
Holter
Mapa
Registo de Eventos
Prova de Esforço

Gastroenterologia

Endoscopia Digestiva Alta
Colonoscopia
Fibrosigmoidoscopia
Polipectomia
Colocação Balão Gástrico

Ginecologia Obstetrícia

Ecografia 3D e 4D
Ecografia Obstétrica
Ecografia Obstétrica Morfológica

Ecografias

Abdominal Superior
Abdomino Pélvica
Cervical
Partes Moles
Escrotal – Testicular
Mamária
Muscular – Articular
Obstétrica
Obstétrica Morfológica
Parótida
Pélvica Endovaginal ou Transvaginal
Pélvica Ginecológica
Peniana
Prostática
Prostática Transrectal
Renal e Supra Renal
Reno-Vesical
Tiroideia
Transfontanelar
Vesical
Vesico-Prostática

Rede de Laboratórios

Actualmente possuímos uma larga estrutura de filiais e parcerias que nos permite operar em praticamente todo o Distrito de Aveiro – Norte, fazendo recolha de sangues e urinas em diversos postos de colheitas, facilitando o seu acesso a um serviço rápido, de qualidade e eficiente.

AVEIRO

Grupo Centro Médico da Praça (CMP SAÚDE)
Arouca
Arrifana
Cabeçais
Cedofeita
Cortegaça
Nogueira do Cravo
Oliveira de Azeméis
Ovar
Santa Maria da Feira
São João da Madeira (sede)
São Paio de Oleiros
Válega
Vale de Cambra

Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP)

A HBP é uma patologia ligada ao envelhecimento. Embora geralmente não coloque a vida em risco, manifesta-se através de um conjunto de alterações que reduzem em muito a qualidade de vida dos doentes.

A partir dos 45-50 anos os homens podem começar a sentir sintomas de esvaziamento (resultam da obstrução da via urinária pelo aumento do volume da próstata) como atraso no início da micção, esforço para urinar, intermitência, diminuição da força e calibre do jato miccional, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga ou mesmo retenção urinária. Os sintomas de armazenamento (resultam do aumento do tónus e contratilidade do músculo da bexiga), acontecem com resposta à barragem provocada pela próstata. Esses sintomas consistem no aumento da frequência miccional (diurna e noturna), a incontinência, a urgência miccional e a dor ao urinar. A presença destas queixas deve motivar a procura da ajuda especializada de um Urologista pois existe um variado número de doenças que se apresentam com estes mesmos sintomas e é fundamental chegar a uma conclusão acertada.

Na consulta, o doente irá ser avaliado e serão solicitados vários exames para chegar a um diagnóstico definitivo. Fazem parte destes exames complementares umas análises de sangue e urina para avaliação da função renal (ureia e creatinina), despiste de cancro da próstata (PSA) e exclusão de infeção urinária (urina II e urocultura). A ecografia aos rins, bexiga e próstata e a urofluxometria fornecem igualmente informações importantes e úteis na decisão da orientação terapêutica.

O tratamento varia de acordo com a intensidade e severidade dos sintomas e vão desde a vigilância à cirurgia passando pela medicação.

A tendência da evolução da HBP não tratada é no sentido dum agravamento lento mas progressivo dos sintomas e da perturbação de induzem na qualidade de vida do homem.

Existem apenas 2 fatores de risco reconhecidamente associado com o desenvolvimento e progressão da HBP: a idade e a ação da testosterona. Não sendo possível atuar sobre qualquer um deste fatores, a avaliação e tratamento precoce á única forma de amenizar e prevenir sintomas e futuras complicações.

Cuide de si e da sua saúde. Pare para “ouvir” o seu corpo. Se tem sintomas não deixe de procurar a ajuda de um Urologista.

Artigo por: Paulo Espiridião

Burnout – Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho

Dentro dos riscos psicossociais, entendidos como riscos para a saúde física, mental e social, originados pelas condições de trabalho, fatores organizacionais e relacionais que podem interagir com o funcionamento mental e o bem-estar psicossocial dos trabalhadores, encontramos o conhecido como síndrome de burnout.

Em 1974, Freudenberger relacionou situações de ansiedade e depressão nos trabalhadores com um estado que denominou de burn-out (queimar até o fim), acarretando desilusão, absentismo laboral, condutas de evitamento e abandono. Curiosamente chamou inicialmente este quadro como “doença dos chefes”.

Podemos definir este quadro como uma resposta inadequada a um stresse emocional crónico. Os fatores favorecedores para o despoletar são a sobrecarga laboral (trabalho burocrático ou marginal), pressão no trabalho (exigência de rendimentos através dos resultados), baixa implicação laboral (escassa autonomia, pouca participação na organização, gestão e planificação), falta de apoio das chefias, características do próprio local de trabalho e da personalidade do trabalhador.

A sobrecarga e pressão laboral atinge a grande maioria dos trabalhadores em numerosas tarefas e postos de trabalho, pela competitividade, necessidade de baixar custos, organização laboral rígida e exigente que caracteriza muitas organizações.

Estes quadros caracterizam-se por exaustão emocional, despersonalização (atitudes e sentimentos de frieza e distanciamento) e diminuição da realização profissional, que pode aparecer nas pessoas que trabalham com o público em geral. Particularmente atingidos são, entre outros, o pessoal sanitário, os professores, os empregados em trabalhos burocráticos e de administração, os empregados de call-center. No atual contexto de pandemia o teletrabalho poderá constituir uma situação de risco.

Um recente estudo (em 2017) da Ordem dos Médicos, revelou que 66% dos médicos da amostra analisada mostram um nível elevado de exaustão emocional, que 39% apresentam um nível elevado de despersonalização dos doentes e que 30% revelam um índice elevado de diminuição da realização profissional.

Os sintomas podem variar desde uma atitude de indiferença, de mero cumprimento das obrigações, sem empenho emocional e afetivo, até quadros psiquiátricos complexos, com repercussão não só laboral como a nível social e familiar, com as consequências, por vezes graves, que dai advêm.

Será que a prevenção terciária (tratamento e reabilitação) é a única coisa a fazer? No fundo, este nível de intervenção sobre os riscos psicossociais pressupõe o fracasso da Medicina do Trabalho.

A melhor forma e a mais eficaz de prevenir este e outros quadros provocados pelo stresse laboral, seria a prevenção primária, que implica um nível de intervenção tendo como objetivo mudanças sociais, nas organizações e no “desenho” do trabalho.

Entretanto, a prevenção secundária, visando a deteção precoce, pelo médico do trabalho (nos exames periódicos ou ocasionais), das alterações associadas a estes quadros e a pronta intervenção tanto a nível do trabalhador como da organização, continua a ser a forma mais prática de prevenir a instauração de quadros clínicos por vezes de difícil tratamento.

Artigo por: Máximo Fernández Colón
Especialista em Medicina do Trabalho
Especialista em Psiquiatria com a subespecialidade de Psiquiatria Forense

Patologia dos Seios Perinasais (Sinusite)

A sinusite é a inflamação da mucosa de um ou mais seios perinasais, que provoca sintomatologia como dor de cabeça, pressão facial, obstrução nasal (nariz entupido), e redução ou ausência de cheiro, entre outros.

Os seios perinasais são cavidades aéreas localizadas no esqueleto facial ao lado das fossas nasais e revestidos por uma mucosa idêntica à do restante aparelho respiratório. Os seios perinasais organizam-se em seios frontais, maxilares, etmoidais e esfenoidais. As fossas nasais têm a função de filtrar, humedecer e aquecer o ar que é inspirado para os pulmões, favorecendo assim as trocas gasosas. Quando essas funções estão comprometidas por um processo de rinite ou sinusite, isto impacta consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes.

Em termos de duração, as sinusites podem ser divididas em aguda ou crónica.

O termo sinusite aguda é aplicado quando os sintomas têm uma duração inferior a 4 semanas.
O conceito de sinusite aguda recorrente é referido sempre que ocorram 4 ou mais episódios por ano, com 7 a 10 dias de duração.

O sinusite crónica aplica-se quando a perturbação inflamatória ou infeciosa dos seios perinasais dura mais do que 12 semanas, ou seja, quando é persistente no tempo.
Na sinusite crónica, ao contrário da sinusite/rinosinusite aguda, o processo inflamatório pode estar apenas confinado aos seios perinasais sem envolvimento da mucosa nasal.

Na fase mais intensa, os sintomas de sinusite são os seguintes:

  • Dor ou pressão facial, agravada com a inclinação da cabeça, com localização variável, consoante o seio ou seios mais afetados (sintoma major);
  • Obstrução nasal com corrimento nasal purulento anterior ou posterior (sintoma major);
  • Hiposmia ou anosmia, ou seja, a redução ou ausência de cheiro (sintoma major);
  • Febre (sintoma major);
  • Cefaleias (dor de cabeça), halitose (mau hálito), odontalgia, otalgia / sensação de plenitude auricular, tosse, fadiga ou cansaço (sintoma minor).

As causas da sinusite podem ser de origem vírica (mais frequentes), bacteriana ou fúngica, sendo que esta última etiologia é a mais rara.

Na criança, a sinusite também é frequente e inicia-se geralmente por um processo de infeção viral das vias aéreas superiores que posteriormente evolui para uma infeção bacteriana. Em idade pediátrica, as adenóides contribuem para o aparecimento de rinosinusites agudas ao funcionarem com um reservatório bacteriano.

O diagnóstico de sinusite/rinosinusite deve ser efetuado pelo médico otorrinolaringologista (ORL), levando em consideração os seguintes aspetos:

  • História clínica (sintomas e evolução temporal);
  • Exame objetivo: Rinoscopia anterior (mucosa nasal hipermiada e edemaciada com exsudado purulento proveniente do meato médio ou superior ), palpação dolorosa dos seios perinasais e rinorreia posterior na orofaringe;
  • Exames de imagem (raio x ou radiografia simples dos seios perinasais ou preferencialmente tomografia computadorizada (TAC) dos seios perinasais).

Nos primeiros 3 a 5 dias da doença, a causa mais frequente é a origem vírica, pelo que o tratamento recomendado consiste em:

  • Anti-inflamatórios não esteróides ou analgésicos simples, tais como o paracetamol ou ibuprofeno;
  • Tratamentos por irrigações nasais com soluções salinas, (aerossóis) para humidificação das vias respiratórias;
  • Vasoconstritores nasais de venda livre em farmácia.

Ao fim de 5 dias de persistência dos sintomas ou em casos iniciais severos, situação em que estará em causa uma provável sinusite bacteriana, o tratamento, após avaliação médica, deve iniciar-se de imediato, tendo como objetivo de erradicar a bactéria, diminuir a duração dos sintomas, prevenir complicações e impedir a evolução para um processo crónico. Na maior parte desses casos, o recurso a antibiótico é inevitável.

Em casos crónicos, ou quando a sinusite é muito recidivante, pode colocar-se a opção de cirurgia para resolver os aspetos anatómicos que podem estar a agravar o quadro clínico.

O Sofrimento do Jovem Adulto

O crescimento humano ocorre ao longo de várias etapas: bebé, infância, pré-escolar, escolar, adolescente, jovem adulto, meia idade e finalmente sénior num processo complexo com ganhos e perdas e que depende não só de fatores biológicos mas também de fatores ambientais e contextuais.

Como fatores ambientais não podemos esquecer que somos um produto cultural e sentimos o peso das expectativas sociais para desempenhar determinados papéis que a sociedade determina para as diferentes etapas do caminho, temos ainda de juntar a esta equação os fatores ligados aos momentos históricos que atravessamos: crises económicas, recessões, epidemias, guerras e fluxos migratórios… que afetam diretamente a sociedade e os movimentos políticos, sociais e económicos que em muito determinam a nossa vida e as nossas possíveis escolhas. Sem esquecer ainda dos “acontecimentos significativos de vida” como um fim de uma relação a morte de uma pessoa próxima, a perda de emprego, uma doença…. com impacto na forma como vamos moldando a nossa personalidade.

Ao longo do nosso ciclo de vida somos assim confrontados com várias crises muitas delas constituem marcos responsáveis pela forma como transitamos de uma fase para a seguinte. Desta forma, conseguimos classificar e compartimentar o que vai acontecendo como se as coisas se passassem com data e hora marcadas e com a ilusão de que em cada fase dispomos das ferramentas internas necessárias para lidar com sucesso perante os esperados desafios. Mas não é simples e muitas vezes nada fácil. Por exemplo, dizemos que a entrada no mundo adulto ocorre entre os 22 e os 28 anos mas mesmo num leque de 6 anos, há quem inicie mais cedo e há quem o faça mais tarde.

Um adolescente, em teoria, torna-se jovem adulto quando evidencia competências para experimentar a intimidade, em termos de afiliação e amor. O objetivo será ter uma relação a longo prazo e constituir família, o que implica uma carreira profissional, um assumir de responsabilidades e autonomia financeira. Este é o grande desafio dos jovens adultos. Se os desafios são uma alavanca para o crescimento com potenciais ganhos como um aumento da responsabilidade, maior reconhecimento, maior autonomia, podem constituir também uma importante fonte de ameaça. Corre-se, no entanto, o risco de não se conseguir lidar com o desafio e tender para o isolamento. A falta de emprego, um diminuto suporte familiar, as amizades que se diluem no tempo fragilizam a auto-estima. Aqui não se ganha, são as perdas que predominam. Os amigos que conseguiram ultrapassar o desafio da afiliação, têm agora outras responsabilidades, outros focos de interesse, parece que deixamos de caber na história deles. Aliás todos mostram as suas fantásticas histórias nas redes sociais como o Instagram. Os danos serão tudo aquilo que já “sabemos” que vai acabar por acontecer não tarda nada, a desesperança ou a desilusão de um futuro que se idealizou pautado por sentido de enraizamento ou uma vida com significado. Instalam-se emoções como o medo, a ansiedade, a impotência, a injustiça ou a revolta.

Não é de estranhar que muitos jovens adultos tragam para a consulta de psicologia problemas que no fundo estão relacionados com o sentido da vida.

Numa altura em que somos dominados pela tecnologia, que tudo acontece a grande velocidade e a felicidade se confunde com consumismo pode não ser nada fácil sentir que não se faz parte deste mundo, que estamos deslocados porque não estamos integrados nestas movimentações: sem emprego, ou sem um ordenado que permita a autonomia, sem uma rede de suporte social verdadeiramente ativa e próxima, podemos questionar o que somos e o quanto valemos caindo na angústia existencial de qual o sentido da vida.

Tendemos a acreditar que a nossa vida tem sentido quando percebemos continuidade nas nossas ações, quando nos orientamos por objetivos significativos de forma focada e motivada e quando sentimos que a nossa existência é importante para os outros. O sentido da vida depende, pois, de dois fatores: relações significativas e uma ocupação que nos realize, que pode ser uma carreira profissional, um hobbie ou algo de criativo que nos ocupe.

Durante as crises (perda de emprego, perda de relações, a própria noção de mortalidade…) é que nos vemos confrontados com a necessidade de reavaliar qual é o nosso propósito. Perante este cenário podemos reavaliar um acontecimento de forma a que ele encaixe o melhor possível nas nossas crenças e objetivos originais ou podemos rever as nossas crenças e objetivos para acomodar a nova informação – processo que pode levar muito tempo e nem sempre bem sucedido.

Estes períodos de agitação podem despoletar crises existências que podem dar azo a importantes oportunidades de crescimento. Estas são oportunidades de nos libertarmos do que nos faz mal – padrões de comportamento ou hábitos tóxicos – e explorar quem realmente somos e o que realmente importa para nós.

O consequente sofrimento mental é um sinal de adaptação do cérebro e portanto universal. É suposto ter uma duração curta no tempo, não ser grave e que não compromete significativamente o funcionamento da pessoa que responde bem ao suporte habitual e atividades de vida positivas. Para tal, é fundamental não colocar o sentido da vida nos prémios e progressões de carreira, ter o protótipo de família feliz e uma casa ideal ou um carro específico ou o topo de gama dos telemóveis. O sentido da vida está em todo lado, nas mais simples ações, como sair com amigos ou com a família, levar o cão a passear, ajudar as pessoas que nos rodeiam… Apreciar e estar grato pelas coisas mais banais pode promover o sentimento de pertença e de sentido de vida. Aceitar que é normal ter saudades dos tempos de juventude, dos amigos que seguiram outros rumos e é normal perceber com “amargo de boca” que o mundo não é o que nós pensávamos que era, que as desilusões fazem parte da vida, que não se vai fazer tudo quanto se imaginou e que os planos anteriormente delineados podem sofrer uma reviravolta.

Aceitar que a vida é dinâmica, tudo muda e o próprio desenvolvimento humano gere-se em função de processos de mudança pode trazer a serenidade de que toda a tormenta passa e que o sol nasce de novo.

Artigo por: Cláudia Gandra

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