Missão
Oferecer uma resposta completa, eficaz e adequada às suas necessidades, fazendo sempre d’A Sua Saúde a Nossa Prioridade.
Estabelecer um plano de controlo periódico impõe-se.
Cuide da sua saúde e da saúde dos que o rodeiam.
É uma questão de segurança e de consciência social.
& CORPO CLÍNICO
Para qualquer informação ou marcação, não hesite em contactar o 256 830 700.
Alergologia
|
Fisiatria / Fisioterapia
|
Otorrinolaringologia
|
Através dos nossos serviços de Radiologia & Imagiologia poderá realizar um vasto número de Ecografias, tendo acesso aos resultados num curto espaço de tempo e com total comodidade.
RadiologiaDensitometria ÓsseaEcografias
NeurofisiologiaEletroencefalografia (E.E.G.)Electromiografia (E.M.G.)Eco DopplerAbdominalAbdominal RenalArterial VenosoPenianoTesticularPneumologiaProva funcional respiratóriaOtorrinolaringologiaAudiograma |
CardiologiaEcocardiogramaEletrocardiograma (E.C.G.)HolterMapaRegisto de EventosProva de EsforçoGastroenterologiaEndoscopia Digestiva AltaColonoscopiaFibrosigmoidoscopiaPolipectomiaColocação Balão GástricoGinecologia ObstetríciaEcografia 3D e 4DEcografia ObstétricaEcografia Obstétrica Morfológica |
EcografiasAbdominal SuperiorAbdomino PélvicaCervicalPartes MolesEscrotal – TesticularMamáriaMuscular – ArticularObstétricaObstétrica MorfológicaParótidaPélvica Endovaginal ou TransvaginalPélvica GinecológicaPenianaProstáticaProstática TransrectalRenal e Supra RenalReno-VesicalTiroideiaTransfontanelarVesicalVesico-Prostática |
Actualmente possuímos uma larga estrutura de filiais e parcerias que nos permite operar em praticamente todo o Distrito de Aveiro – Norte, fazendo recolha de sangues e urinas em diversos postos de colheitas, facilitando o seu acesso a um serviço rápido, de qualidade e eficiente.
Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP)
A HBP é uma patologia ligada ao envelhecimento. Embora geralmente não coloque a vida em risco, manifesta-se através de um conjunto de alterações que reduzem em muito a qualidade de vida dos doentes.
A partir dos 45-50 anos os homens podem começar a sentir sintomas de esvaziamento (resultam da obstrução da via urinária pelo aumento do volume da próstata) como atraso no início da micção, esforço para urinar, intermitência, diminuição da força e calibre do jato miccional, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga ou mesmo retenção urinária. Os sintomas de armazenamento (resultam do aumento do tónus e contratilidade do músculo da bexiga), acontecem com resposta à barragem provocada pela próstata. Esses sintomas consistem no aumento da frequência miccional (diurna e noturna), a incontinência, a urgência miccional e a dor ao urinar. A presença destas queixas deve motivar a procura da ajuda especializada de um Urologista pois existe um variado número de doenças que se apresentam com estes mesmos sintomas e é fundamental chegar a uma conclusão acertada.
Na consulta, o doente irá ser avaliado e serão solicitados vários exames para chegar a um diagnóstico definitivo. Fazem parte destes exames complementares umas análises de sangue e urina para avaliação da função renal (ureia e creatinina), despiste de cancro da próstata (PSA) e exclusão de infeção urinária (urina II e urocultura). A ecografia aos rins, bexiga e próstata e a urofluxometria fornecem igualmente informações importantes e úteis na decisão da orientação terapêutica.
O tratamento varia de acordo com a intensidade e severidade dos sintomas e vão desde a vigilância à cirurgia passando pela medicação.
A tendência da evolução da HBP não tratada é no sentido dum agravamento lento mas progressivo dos sintomas e da perturbação de induzem na qualidade de vida do homem.
Existem apenas 2 fatores de risco reconhecidamente associado com o desenvolvimento e progressão da HBP: a idade e a ação da testosterona. Não sendo possível atuar sobre qualquer um deste fatores, a avaliação e tratamento precoce á única forma de amenizar e prevenir sintomas e futuras complicações.
Cuide de si e da sua saúde. Pare para “ouvir” o seu corpo. Se tem sintomas não deixe de procurar a ajuda de um Urologista.
Artigo por: Paulo Espiridião
Burnout – Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho
Dentro dos riscos psicossociais, entendidos como riscos para a saúde física, mental e social, originados pelas condições de trabalho, fatores organizacionais e relacionais que podem interagir com o funcionamento mental e o bem-estar psicossocial dos trabalhadores, encontramos o conhecido como síndrome de burnout.
Em 1974, Freudenberger relacionou situações de ansiedade e depressão nos trabalhadores com um estado que denominou de burn-out (queimar até o fim), acarretando desilusão, absentismo laboral, condutas de evitamento e abandono. Curiosamente chamou inicialmente este quadro como “doença dos chefes”.
Podemos definir este quadro como uma resposta inadequada a um stresse emocional crónico. Os fatores favorecedores para o despoletar são a sobrecarga laboral (trabalho burocrático ou marginal), pressão no trabalho (exigência de rendimentos através dos resultados), baixa implicação laboral (escassa autonomia, pouca participação na organização, gestão e planificação), falta de apoio das chefias, características do próprio local de trabalho e da personalidade do trabalhador.
A sobrecarga e pressão laboral atinge a grande maioria dos trabalhadores em numerosas tarefas e postos de trabalho, pela competitividade, necessidade de baixar custos, organização laboral rígida e exigente que caracteriza muitas organizações.
Estes quadros caracterizam-se por exaustão emocional, despersonalização (atitudes e sentimentos de frieza e distanciamento) e diminuição da realização profissional, que pode aparecer nas pessoas que trabalham com o público em geral. Particularmente atingidos são, entre outros, o pessoal sanitário, os professores, os empregados em trabalhos burocráticos e de administração, os empregados de call-center. No atual contexto de pandemia o teletrabalho poderá constituir uma situação de risco.
Um recente estudo (em 2017) da Ordem dos Médicos, revelou que 66% dos médicos da amostra analisada mostram um nível elevado de exaustão emocional, que 39% apresentam um nível elevado de despersonalização dos doentes e que 30% revelam um índice elevado de diminuição da realização profissional.
Os sintomas podem variar desde uma atitude de indiferença, de mero cumprimento das obrigações, sem empenho emocional e afetivo, até quadros psiquiátricos complexos, com repercussão não só laboral como a nível social e familiar, com as consequências, por vezes graves, que dai advêm.
Será que a prevenção terciária (tratamento e reabilitação) é a única coisa a fazer? No fundo, este nível de intervenção sobre os riscos psicossociais pressupõe o fracasso da Medicina do Trabalho.
A melhor forma e a mais eficaz de prevenir este e outros quadros provocados pelo stresse laboral, seria a prevenção primária, que implica um nível de intervenção tendo como objetivo mudanças sociais, nas organizações e no “desenho” do trabalho.
Entretanto, a prevenção secundária, visando a deteção precoce, pelo médico do trabalho (nos exames periódicos ou ocasionais), das alterações associadas a estes quadros e a pronta intervenção tanto a nível do trabalhador como da organização, continua a ser a forma mais prática de prevenir a instauração de quadros clínicos por vezes de difícil tratamento.
Artigo por: Máximo Fernández Colón
Especialista em Medicina do Trabalho
Especialista em Psiquiatria com a subespecialidade de Psiquiatria Forense
Patologia dos Seios Perinasais (Sinusite)
A sinusite é a inflamação da mucosa de um ou mais seios perinasais, que provoca sintomatologia como dor de cabeça, pressão facial, obstrução nasal (nariz entupido), e redução ou ausência de cheiro, entre outros.
Os seios perinasais são cavidades aéreas localizadas no esqueleto facial ao lado das fossas nasais e revestidos por uma mucosa idêntica à do restante aparelho respiratório. Os seios perinasais organizam-se em seios frontais, maxilares, etmoidais e esfenoidais. As fossas nasais têm a função de filtrar, humedecer e aquecer o ar que é inspirado para os pulmões, favorecendo assim as trocas gasosas. Quando essas funções estão comprometidas por um processo de rinite ou sinusite, isto impacta consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes.
Em termos de duração, as sinusites podem ser divididas em aguda ou crónica.
O termo sinusite aguda é aplicado quando os sintomas têm uma duração inferior a 4 semanas.
O conceito de sinusite aguda recorrente é referido sempre que ocorram 4 ou mais episódios por ano, com 7 a 10 dias de duração.
O sinusite crónica aplica-se quando a perturbação inflamatória ou infeciosa dos seios perinasais dura mais do que 12 semanas, ou seja, quando é persistente no tempo.
Na sinusite crónica, ao contrário da sinusite/rinosinusite aguda, o processo inflamatório pode estar apenas confinado aos seios perinasais sem envolvimento da mucosa nasal.
Na fase mais intensa, os sintomas de sinusite são os seguintes:
As causas da sinusite podem ser de origem vírica (mais frequentes), bacteriana ou fúngica, sendo que esta última etiologia é a mais rara.
Na criança, a sinusite também é frequente e inicia-se geralmente por um processo de infeção viral das vias aéreas superiores que posteriormente evolui para uma infeção bacteriana. Em idade pediátrica, as adenóides contribuem para o aparecimento de rinosinusites agudas ao funcionarem com um reservatório bacteriano.
O diagnóstico de sinusite/rinosinusite deve ser efetuado pelo médico otorrinolaringologista (ORL), levando em consideração os seguintes aspetos:
Nos primeiros 3 a 5 dias da doença, a causa mais frequente é a origem vírica, pelo que o tratamento recomendado consiste em:
Ao fim de 5 dias de persistência dos sintomas ou em casos iniciais severos, situação em que estará em causa uma provável sinusite bacteriana, o tratamento, após avaliação médica, deve iniciar-se de imediato, tendo como objetivo de erradicar a bactéria, diminuir a duração dos sintomas, prevenir complicações e impedir a evolução para um processo crónico. Na maior parte desses casos, o recurso a antibiótico é inevitável.
Em casos crónicos, ou quando a sinusite é muito recidivante, pode colocar-se a opção de cirurgia para resolver os aspetos anatómicos que podem estar a agravar o quadro clínico.
O Sofrimento do Jovem Adulto
O crescimento humano ocorre ao longo de várias etapas: bebé, infância, pré-escolar, escolar, adolescente, jovem adulto, meia idade e finalmente sénior num processo complexo com ganhos e perdas e que depende não só de fatores biológicos mas também de fatores ambientais e contextuais.
Como fatores ambientais não podemos esquecer que somos um produto cultural e sentimos o peso das expectativas sociais para desempenhar determinados papéis que a sociedade determina para as diferentes etapas do caminho, temos ainda de juntar a esta equação os fatores ligados aos momentos históricos que atravessamos: crises económicas, recessões, epidemias, guerras e fluxos migratórios… que afetam diretamente a sociedade e os movimentos políticos, sociais e económicos que em muito determinam a nossa vida e as nossas possíveis escolhas. Sem esquecer ainda dos “acontecimentos significativos de vida” como um fim de uma relação a morte de uma pessoa próxima, a perda de emprego, uma doença…. com impacto na forma como vamos moldando a nossa personalidade.
Ao longo do nosso ciclo de vida somos assim confrontados com várias crises muitas delas constituem marcos responsáveis pela forma como transitamos de uma fase para a seguinte. Desta forma, conseguimos classificar e compartimentar o que vai acontecendo como se as coisas se passassem com data e hora marcadas e com a ilusão de que em cada fase dispomos das ferramentas internas necessárias para lidar com sucesso perante os esperados desafios. Mas não é simples e muitas vezes nada fácil. Por exemplo, dizemos que a entrada no mundo adulto ocorre entre os 22 e os 28 anos mas mesmo num leque de 6 anos, há quem inicie mais cedo e há quem o faça mais tarde.
Um adolescente, em teoria, torna-se jovem adulto quando evidencia competências para experimentar a intimidade, em termos de afiliação e amor. O objetivo será ter uma relação a longo prazo e constituir família, o que implica uma carreira profissional, um assumir de responsabilidades e autonomia financeira. Este é o grande desafio dos jovens adultos. Se os desafios são uma alavanca para o crescimento com potenciais ganhos como um aumento da responsabilidade, maior reconhecimento, maior autonomia, podem constituir também uma importante fonte de ameaça. Corre-se, no entanto, o risco de não se conseguir lidar com o desafio e tender para o isolamento. A falta de emprego, um diminuto suporte familiar, as amizades que se diluem no tempo fragilizam a auto-estima. Aqui não se ganha, são as perdas que predominam. Os amigos que conseguiram ultrapassar o desafio da afiliação, têm agora outras responsabilidades, outros focos de interesse, parece que deixamos de caber na história deles. Aliás todos mostram as suas fantásticas histórias nas redes sociais como o Instagram. Os danos serão tudo aquilo que já “sabemos” que vai acabar por acontecer não tarda nada, a desesperança ou a desilusão de um futuro que se idealizou pautado por sentido de enraizamento ou uma vida com significado. Instalam-se emoções como o medo, a ansiedade, a impotência, a injustiça ou a revolta.
Não é de estranhar que muitos jovens adultos tragam para a consulta de psicologia problemas que no fundo estão relacionados com o sentido da vida.
Numa altura em que somos dominados pela tecnologia, que tudo acontece a grande velocidade e a felicidade se confunde com consumismo pode não ser nada fácil sentir que não se faz parte deste mundo, que estamos deslocados porque não estamos integrados nestas movimentações: sem emprego, ou sem um ordenado que permita a autonomia, sem uma rede de suporte social verdadeiramente ativa e próxima, podemos questionar o que somos e o quanto valemos caindo na angústia existencial de qual o sentido da vida.
Tendemos a acreditar que a nossa vida tem sentido quando percebemos continuidade nas nossas ações, quando nos orientamos por objetivos significativos de forma focada e motivada e quando sentimos que a nossa existência é importante para os outros. O sentido da vida depende, pois, de dois fatores: relações significativas e uma ocupação que nos realize, que pode ser uma carreira profissional, um hobbie ou algo de criativo que nos ocupe.
Durante as crises (perda de emprego, perda de relações, a própria noção de mortalidade…) é que nos vemos confrontados com a necessidade de reavaliar qual é o nosso propósito. Perante este cenário podemos reavaliar um acontecimento de forma a que ele encaixe o melhor possível nas nossas crenças e objetivos originais ou podemos rever as nossas crenças e objetivos para acomodar a nova informação – processo que pode levar muito tempo e nem sempre bem sucedido.
Estes períodos de agitação podem despoletar crises existências que podem dar azo a importantes oportunidades de crescimento. Estas são oportunidades de nos libertarmos do que nos faz mal – padrões de comportamento ou hábitos tóxicos – e explorar quem realmente somos e o que realmente importa para nós.
O consequente sofrimento mental é um sinal de adaptação do cérebro e portanto universal. É suposto ter uma duração curta no tempo, não ser grave e que não compromete significativamente o funcionamento da pessoa que responde bem ao suporte habitual e atividades de vida positivas. Para tal, é fundamental não colocar o sentido da vida nos prémios e progressões de carreira, ter o protótipo de família feliz e uma casa ideal ou um carro específico ou o topo de gama dos telemóveis. O sentido da vida está em todo lado, nas mais simples ações, como sair com amigos ou com a família, levar o cão a passear, ajudar as pessoas que nos rodeiam… Apreciar e estar grato pelas coisas mais banais pode promover o sentimento de pertença e de sentido de vida. Aceitar que é normal ter saudades dos tempos de juventude, dos amigos que seguiram outros rumos e é normal perceber com “amargo de boca” que o mundo não é o que nós pensávamos que era, que as desilusões fazem parte da vida, que não se vai fazer tudo quanto se imaginou e que os planos anteriormente delineados podem sofrer uma reviravolta.
Aceitar que a vida é dinâmica, tudo muda e o próprio desenvolvimento humano gere-se em função de processos de mudança pode trazer a serenidade de que toda a tormenta passa e que o sol nasce de novo.
Artigo por: Cláudia Gandra